Quem dera.

Quem dera ser criança. Quem dera.
Quem dera continuar de férias… por mais uns poucos de meses.
Quem dera correr e sonhar sem qualquer preocupação com ‘o amanhã’. Quase que consigo, faltando um ínfimo quase.
Quem dera não estar em cuidado com ‘os meus doentes’. Quem dera que não estivessem… apesar de todos estarem muito melhores.
Quem dera quem me pegue na mão e me leve a passear, num jardim coberto de labirintos e flores.
Quem dera voltar a sentir esses cheiros e essa ‘Mão’…
Quem dera acordar na nossa casa da praia, vestir o bikini, correr para o pão ainda quente, com forte cheiro a amido, e cobri-lo de mel até me deliciar.
Quem dera o toque e o cheiro da toalha da praia, acabada de lavar.
Quem dera, descalça, dizer “-Até já, meus queridos, vou mergulhar”. E largar pelas areias já aquecidas, da azul praia dos nossos sonhos.
Quem dera, o final da tarde, na praia, já fresco, todos em estrela. Os Amantes e os Amigos.
Quem dera os Amores de verão, contigo, que durarão para sempre.
Quem dera os Amigos e Amantes fiéis, que por nós movem montanhas e nunca nos enganam.
Quem dera, Tu, que não me enganas e me Amas sempre. Obrigada.
Quem dera que dures para sempre. E quem dera que tenhamos, os dois, sempre, em parte, corações de criança.

Obrigada por Existires. Obrigada por me Respeitares desta forma tão Nobre.

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