Vale mais a pena olhar a vida, de frente, para o que ela realmente é, que olhar a vida pelo que a vida não é.
Quando olhamos a vida, seja no quadrante familiar, profissional, financeiro, entretenimento, relacionamentos etc., temos tendência a ver o que não temos e gostaríamos de ter.
A saber, alguns exemplos, “O meu marido é um chato… trabalha tanto e nunca está em casa. Não podemos combinar um fim-de-semana, juntos, porque ou ele não pode ou ‘agora estamos em crise’.”
E se neste caso, pensarmos na sala fabulosa que temos, com uma lareira que quando acesa é linda e nos aquece os corações, e que sorte temos. Mais ainda, os adoráveis sogros onde podemos, sempre, deixar os miúdos e que sorte temos, quando quisermos fazer uma noite romântica.
Outro exemplo, “Cada vez está mais difícil, sem aumentos nos nossos ordenados e com os aumentos de impostos, este ano não vamos poder ir para o Brasil em Janeiro, que pena”.
E se ao invés, pensarmos em alugar um monte 'baratinho', no Alentejo, para toda a família, e que sorte temos, podermos. Passarmos lá essa semana, juntos, a petiscar e a beber, andar a cavalo, olhar as paisagens, fazermos deliciosos passeios de bicicleta e a pé. Piqueniques na beira da barragem. Cozinhar em família. Jogar, à noite, jogos de grupo. Rir muito. Ver o lindíssimo pôr-do-sol. Aproveitar Portugal.
Mais um exemplo. “Adorava inscrever os meus filhos na viola, no ténis e na natação. Fazia-lhes tão bem. Fico frustrada por não lhes poder dar esse gosto e ensinamentos.”
Mas de facto se pensar, consigo inscrever, cada um dos meus três filhos, em apenas uma actividade, a que cada um mais gostar. (e que sorte temos). Provavelmente eles ficarão mais felizes e com menos carga horária extra-curricular, o que os pode ajudar a estudar com muito mais calma.
Um último exemplo para não vos cansar. “O meu namoro não vai bem e acabamos por não sair de casa, não nos divertirmos, não fazermos nada”.
E porque não fazer actividades com os amigos ou membros da nossa família. (e que sorte temos). Os momentos de ausência, distância e saudade podem até ajudar, ambos, a pensarem na relação - no que está mal e no que podem melhorar.
Há uma certeza, para a maior parte de nós: A nossa vida tem coisas óptimas. Nós muitas vezes não as vemos, com a ‘sede’ de chegar mais longe, onde ambicionamos estar, não dando valor ao que realmente temos, aqui e agora. E que sorte temos.
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