Beleza do Oculto 2
Apareceram, os dois, Pedro e Inês, no mesmo lugar, à mesma hora, uma semana depois?Pedro apareceu.
O seu coração batia aceleradamente, no caminho.
Perguntando-se constantemente: “-Será que vou encontrar, outra vez, a minha tenaz musa? Aquela mulher de olhos vibrantes, sorriso contagiante e mágica alegria.”
Passo a passo, foi chegando ao local. Cada vez mais ofegante.
Quando entrou, respirou forte e fundo e olhou, timidamente, em redor.
Olhou outra vez, desta vez determinado.
Não estava, ainda (pensou), a sua ‘Inês’, que nem, dela, o nome sabia. Mas era cedo.
Atrapalhado, escolheu uma mesa, com a máxima visibilidade, e ao dirigir-se para a mesma, tropeçou no casaco de uma senhora que por este motivo entornou o seu café e Pedro corou.
Corou como não corava, envergonhado, desde os 13 anos de idade.
Vergonha do tropeção, vergonha do café entornado mas sobretudo por desabafo do seu físico (o físico tem destas coisas) à antecipação do tão esperado e entusiasmante Encontro.
Pediu desculpa e sentou-se, tentando não mais ser notado. Pediu o seu café, ficando a ler o jornal, sem nenhuma atenção lhe dar.
Inês não sabia, aqui outra vez beleza do oculto, Pedro era livre, divorciado, há tempos longos, tinha três adoradas filhas que ambicionavam para o seu Pai, solitário, uma companhia.
Digna dele, claro. Um Pai extremoso, vibrante, cultíssimo, muitíssimo inteligente, trabalhador, divertido, carinhoso e honesto. Um homem de Bem. Um Homem do Leme.
Pedro foi olhando para o relógio, várias vezes, lá fora um dia muito bonito, mas Pedro não o via. Apenas pensava na ‘sua Inês’.
Muitas pessoas, cafés, conversas, beijos, abraços, risotas e sorrisos depois, e mais de 3 horas passadas, Inês não tinha aparecido.
Voltou para casa com o sorriso nos lábios, pois optimista como era, Pedro, sabia que: se a ’sua musa’ não tinha aparecido seria porque não tinha mesmo conseguido.
Preparava o seu coração, já, para o Encontro, à mesma hora, no mesmo local, na semana seguinte.
Acreditar no Amor. Na energia do optimismo. São forças interiores que Pedro, no seu oculto, tem.
Forças que devemos ter, e caso não tenhamos devemos querer construir.
Movem montanhas, o nosso optimismo, Amor e alegria perante a vida.
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