“Memórias Encontradas”. Uma fotonovela sem fotos. [Beleza do Oculto 5].

Beleza do Oculto 5
Finalmente chegou o dia. Inês e Pedro não aguentavam mais.
Dirigem-se ao local dos encontros. Inês chega primeiro. Ansiosa e muito feliz.
Pedro radiante e muito confiante.
Quando chega vê logo Inês e por sorte uma mesa junto a ela.
Senta-se. De lado. Olhando para Inês, enternecidamente.
Inês corada olha também, de vez em quando, para Pedro, ou melhor dito, de centésimo de segundo em centésimo de segundo.
A páginas tantas, a empregada, Júlia, aparece na mesa de Inês para lhe perguntar, “-O que vai ser, hoje, menina Inês?”.
“-Uns óculos escuros, têm?”. Júlia sorri, já sabe que Inês é brincalhona e responde “-Não, mas temos outras opções.”
Inês explica-se, sorrindo. “-Júlia, perdi os meus óculos escuros, Ray-Ban, pequeninos, estou desesperada, não os deixei cá?”.
Quando Júlia vai para abrir a boca para dizer que não tinham encontrado quaisquer óculos, Pedro que está ao lado, e muito atento, mexe na sua mochila, e de repente retira dela, uns óculos Ray-Ban, os seus, do dia-a-dia e, olhando para Inês, com enorme sorriso, diz:
“-Aqui tem, são seus, tenho o maior gosto”.
Inês paralisa. Júlia fica perplexa e observa sem dizer nada.
Inês passados segundos cai na realidade, olha, com a sua face ‘transtornada de alegria’, para Pedro, respira fundo e responde “-Que simpático, mas são seus, claro que não posso aceitar…”
Pedro afirma “-Faço questão, fico muito feliz que aceite. Assim lembrar-se-á de mim, todos os dias…”
‘Ups’, Inês, não está em si. E afirma“-Que vergonha e agora fica sem óculos de sol? Não precisa?”
Pedro, responde, assertivamente, e sempre radiante “-Fico muito mais contente que fique com eles pois vejo que a faço feliz. Vá, experimente”.
Inês coloca os óculos na cara, esfusiante de contente.
Pedro elogia dizendo “Fica linda, ficam-lhe muito bem. Ou melhor é linda, de qualquer maneira”.
Inês agradece sorrindo, com confiança, e com uma voz e postura doce e sensual:
“-Que querido, ‘não posso mesmo recusar’ o seu presente e vou de facto lembrar-me de si todos os dias“.

“-Como se chama? Eu sou o Pedro, olá (mais sorrisos)”.
“-Eu sou Inês e não tenho palavras para lhe agradecer…”.
Levanta-se e dá-lhe um, enorme e demorado, beijo na bochecha. 
Acabando por se tocarem, os dois, como que num abraço entusiasmante...

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