O Homem e a Mulher são o único animal que cai na mesma armadilha duas vezes…
De facto o ser Humano, por mais complexo, inteligente e sensível que seja, torna-se muitas vezes ingénuo de tão crente, distraído e pouco introspectivo ser.
A sua vida agitada, sem tempo para reflectir, o seu grande coração, quando o tem e a sua confiança nos outros, quando a tem, fazem dele(a) um Verdadeiro Ser Humano. Com uma comum característica - a de se esquecer rapidamente dos males onde já caiu ou lhe fizeram, os ‘menos bem intencionados’.
Por mais sofrimento que lhe causem, se for um Ser Humano às direitas e de coração aberto, muitas vezes ‘leva as mesmas machadadas’, repetidamente, pois acredita nos outros como seres como ele, de Bem. Esquecendo-se dos valores que alguns não têm.
Não que recentemente eu tenha ‘batido com a cabeça na mesma parede’ mas ao meu lado assisto a este fenómeno, todos os dias, e por isso pus-me a pensar se a mim também me acontece o mesmo e com que frequência.
E a verdade é - sim, acontece, e muitas vezes.
É recorrente ser magoada ‘por este ou por aquele’. Colegas, chefes, amigos, familiares, namorados, outros.
E passado tempo voltar a deixar-me magoar, da mesma maneira, acreditando sempre que ‘estes ou aqueles’ vão mudar e actuar de forma a tornar a vida facilitada ao seu próximo, neste caso, eu (sorriso) e até mais, terem como objectivo tornar a vida dos ‘seus circundantes’ mais feliz.
Mas muitas vezes ‘o caminho percorrido’ não é esse. É o caminho do egoísmo.
Cada um em seu casulo, garantindo a sua estabilidade.
Com pânico de dar a mão a alguém que necessite, não vá, ele próprio, cair no ‘poço’ também. Ou mesmo virar as costas a quem, sabe, mais precisa. Sabendo que apenas um sorriso, um abraço, um telefonema, um carinho, em vez de um esquecimento ou de um, simulado, despiste, evitando esse contacto, poderia mudar tudo, na vida de uma pessoa.
Trata-se apenas de medo de envolvimento. Automática autodefesa. Muitas vezes nem se trata de maldade pura mas sim de auto-sobrevivência e falta de auto-confiança.
E assim vamos vivendo, cada um por si, caindo várias vezes nas mesmas armadilhas.
E assim vai o mundo, cada vez mais, um conjunto de átomos intocáveis ou até mesmo, para se defenderem, por medo ou pura malícia, um conjunto de átomos detestáveis.
Desculpe o leitor se hoje a crónica é cinzenta, contrariamente ao costume, mas é provavelmente o reflexo do tempo (sorriso) e de como me sinto, hoje, no meu coração. Enganada…
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