Brasil, qualquer dia fujo.

Brasil, qualquer dia fujo.
Economia crescente. População contente. Mesmo os mais pobres, e sempre foram, não é de agora.
Clima perfeito. Quente, sensual. Que saudades.
De tudo, fazem uma festa.
Sorrisos rasgados pelas ruas.
À pergunta: “-Oi, como você está hoje?”. Respondem, “-Muito bem, cara, e você?”.
Mesmo que a sua casa tenha desabado ou não tenham dinheiro para dar de comer aos seus filhos.
Acreditam nas Santas e nos Santos. Tudo será resolvido. O que nos falta aparecerá, na hora H.
Impressionante. Muitas desigualdades. Muitas regiões desfavorecidas mas todas, desde há poucos anos, em franca expansão.
Parece terreno puro e fértil. Tudo floresce. Não é só, obviamente. Temos que ser cautelosos na análise mas… é tendencialmente bom. Se é sustentável, veremos.
E dá alento. Trabalhar com pessoas bem-dispostas. Pessoas adoráveis. Querem fazer o seu trabalho, impecavelmente, e depois fugir para ‘pegar a onda’. Passear de Bicicleta ou simplesmente beber uma água de coco, olhando o Mar, no maravilhoso Rio de Janeiro.
Em muitas das regiões, sempre Sol cadente e Calor abrasador. Por aqui vai o Amor.
Resplandecente. Vivem na Rua a dançar num constante ‘Amar’.
Brasil do meu Coração. Salvador da Baía, meu Amor.
Aquela candura, aquela brancura. O ‘pé descalço’ feliz. As cores extenuantes.
O prazer de bem servir. O prazer de trabalhar nordestino. Por necessidade, é certo. Mas aprenderam. Pois só assim conseguem viver.
Enquanto, nós, cá, Portugal e Portugueses à pergunta. “-Como está?” Respondemos, “-Vai-se andando. Mais ou menos. Nem por isso. Muitas preocupações. Muitos problemas”.
Começamos agora a aproveitar o nosso Rio, mas muito discreta e medrosamente… ‘pode estar frio, é melhor não sairmos de casa’ ‘está calor de mais, é melhor ficarmos em casa’. Apre!

Quando, de vez em quando, me ponho a sonhar e a comparar, fica a dúvida: ‘O que ainda cá estou a fazer?’ (sorriso).

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