Conversas de Natal com a nossa Querida Avó. “-Minha Rosa”. Quando era pequena, e enquanto o meu Avô paterno viveu, pelo menos uma vez por semana, ouvia um dos melhores seres humanos que conheci, até hoje, chamar-me "-Minha Rosa, Minha Querida”, “-Como vais?". Estas ‘declarações’, sempre, acompanhadas de um doce sorriso, uma festinha carinhosa e um abraço apertado.
O nosso Querido Avô H era um homem imponente, alto, esguio, bonito, doce como o mel. Adorava a sua Querida Mulher, a nossa Querida Avó Maria José, com todo o seu coração de ouro. Que a nossa Avó também têm. Vivia para Ela, como Ela para Ele.
"-Foi uma vida de felicidade.", “-Um Amor de 52 anos…”. Diz a Avó, quando lhe pergunto ‘coisas’ sobre o Avô. “…-Sem uma única discussão, acredita.”
“Respeitávamo-nos, sabes, filha”. “Gostávamos tanto um do outro que ‘o que um queria’ ‘o outro queria’, ‘o outro fazia’.”. Conta-nos a Avó, na noite de Natal, do alto dos seus felizes 92 anos. E mais, que desde ‘rente ao chão’, quando tinha três anos e meio (sorri), se sentava numa cadeirinha para O ver passar… “- E o ‘Henriquinho’ tinha mais dez anos que eu!”, completa.
“-Foi, exactamente, desde essa altura que soube que gostava dele. Que era o homem da minha vida. Depois fomos crescendo e aos meus 16 anos começámos a namorar.” “- Mas só casámos aos vinte... o meu Pai não me deixou casar antes dos vinte (sorri)”.
Apesar da diferença de idade, e de altura (sorriso), talvez meio metro, viveram felizes para sempre… 52 anos, até o Avô Henrique nos ter deixado. Uma história de Amor exemplar. Cheia de Dedicação, Partilha, Respeito, Deslumbramento um pelo outro, Amor, Paixão e capacidade de Amar e Atrair toda a família que foram construindo.
Temos muitas saudades Suas, Querido Avô. Um Grande Homem, um Homem de Bem, um Muito Bom Homem. Um modelo a seguir. Obrigada por todo o seu Amor, Ensinamentos e Carinho. Obrigada por tudo. Um beijo Grande para si, Avô Querido…
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