Meu Amor

 



Meu amor sinto-me enamorada ao ouvir a tua voz. A saudade aperta e anseio pelo dia de amanhã, quando chegas. Sinto-me feliz a preparar a nossa casa cheia de flores e sentimentos. O meu coração bate ao lembrar a tua mão entrelaçada na minha e o meu corpo estremece ao sentir os nossos sorrisos tocarem-se. Como na nossa primeira noite, como sempre dizes, abençoada, abençoados por Deus e pelas estrelas naquele relento divino. A paz que senti no meu coração, naquela noite bela, a sentir-me protegida pelo teu corpo a conhecer o meu. No meio de uma multidão, como nós, sedenta, sedentos de amor. Senti a tua mão no joelho e um frenesim pela espinha acima. Meses e meses. Anos e anos. A nossa vida unida. Tão bom quando os nossos olhos se cruzam, mão na mão, a tocarem a maçã que nos liga. Foi um dia, uma noite e outro dia, uma vida de alegria e esperança na troca de silêncios quentes, em conchinha, e adormecer e acordar. Adormecer e acordar. Acordar, adormecer e acordar. Descobri as bolinhas vermelhas misteriosas que partilhamos e saboreamos no final da nossa primeira refeição, a declarada. A pimenta rosa da paixão, na confiança que sentimos da união dos nossos olhares pela verdade desejada, num sorriso de respeito, seriedade e gargalhadas de diálogo. Contigo senti-me e sinto-me segura, protegida e amada. Gosto de admirar-te firme e valente enquanto saboreias as finas fatias de picante ananás. Temperadas pelo teu carinho, pela pimenta rosa cheia de cumplicidade e amor, pela flor de sal de curiosidade, pelo excitante zest de lima e pelas folhas de hortelã calmante da nossa amorosidade ao rubro dos nossos calores. Meu Amor, meu querido. És belo. Contigo posso sentir-me frágil, sentir a tua mão vir pegar a minha e serenar descansada em ti. Em ti, posso ser eu. Posso querer-te. Podes amar-me. Podes querer-me. Tu ouves e sabes a minha história, eu oiço e sinto a tua. Meu amor, querido, hoje é o dia, vamos dançar. Sinto-me enamorada…e sorrio...

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